'' 7 Chaves para o Mundo '' {capítulo I}

on quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

{continuação}

‘’...Aline não queria me atender mas por insistência minha ela acabou abrindo a porta do quarto, confessei que havia descoberto seu caso com aquele homem, no começo ela ficou brava mas foi se acalmando e na medida que se acalmava me contava como conheceu-o e como sua paixão era grande por ele, me contou também a extorsão que ele fazia com ela, eu não medi palavras disse para terminar com ele, uma moça tão bela quanto ela não merecia alguém como ele, Aline sorriu mas percebi em seu olhar que não iria fazer o que eu recomendara.

Dias se passaram, eu em busca de algo novo me aventurei nas artes criando quadros de paisagens e pessoas, confesso que não trabalhava por causa do dinheiro, as terras de meu pai e os seus investimentos me davam sustento sem precisar trabalhar, mas eu precisava de algo para seguir e acho que foi na arte que achei meu caminho.

Certo dia resolvi levar alguns quadros que pintara no ateliê , ao qual eu tomava aulas e pintava os meus quadros, para a senhora Melissa, achara que cairia bem alguns quadros na pensão.Melissa como eu esperara gostou dos quadros e rapidamente os espalhou pela pensão, quis ate desconsiderar o meu aluguel daquele mês por causa dos quadros, mas resolvi não aceitar, aqueles quadros como eu mesmo disse para ela eram um presente pelo bom serviço e pela amizade dela.

Sebastian logo me indagou sobre os quadros, se eram meus, respondi que sim, e logo começou a me elogiar devera mente, de repente ficou um pouco pensativo e exclamou que era a hora de eu saber sobre as madrugadas em que ele saia sorrateiramente, respondi que não vi a hora, Sebastian respondeu que brevemente sairíamos e eu descobriria algo que me marcaria para toda a vida, entretanto ele me advertiu que eu não poderia falar nada do que iria acontecer, eu respondi que tudo bem.

Naquele mesmo dia resolvi dar um tempo para minhas pinturas, logo acabei conversando com os irmãos Goethe, Filin, Bombur e Thorin,três pessoas muito bondosas que pareciam sincronizar tudo o que faziam, os irmãos trabalhavam no castelo do rei, se gabavam por isso apesar de possuírem os mais baixos cargos do palacete, descreveram as carruagens que por la passavam e as mais belas damas que nelas saiam, chegaram a suspirar quando falaram delas, entretanto logo caíram na sua realidade e fizeram uma cara como quando acordamos de um sonho maravilhoso, me convidaram para eu ir ver o palácio, escondido é claro, não iria ver de perto o que acontecia lá dentro mas iria ter uma noção o que acontecia no mais belo e famoso castelo da França.

No mesmo dia fui ao castelo, esplêndido é a palavra que eu poderia usar para ele.Alem de ver o que se passava em torno do palácio real, vi nada mais, nada menos do que o monarca Frances, o grande rei da França com sua belíssima esposa e seus filhos.Tive que deixar de espiar afinal já estava muito tempo por lá e poderia arranjar problemas para mim e para os irmãos Goethe.Agradeci pelo dia de ‘’espião’’ aos irmãos e parti novamente ao ateliê apesar de no começo do dia pensar em não ir lá nesse dia.

Próximo ao ateliê reparei em Vontage que por ali perto passava, me aproximei dele e começamos a conversar, apesar de morarmos na mesma pensão só havia cumprimentado ele, logo me falou do seu duro trabalho de pedreiro, apesar de gostar do que fazia não recebia bem, alem dos calotes que recebia.Me chamou para ver uma de suas novas obras.Pensei que fossem casas comuns mas quando vi sua me surpreendi, ele ajudava a construir castelos, claro que não desde o começo até o final, afinal para um castelo ser construído completamente levava anos e mais anos.

Logo descobri que Vontage era um pedreiro muito respeitado, conversando com alguns outros pedreiros alguns dias depois descobri que Vontage era muito requisitado , suas obras entretanto eram muito misteriosas, já que ele sumia no castelo e só aparecia no final da tarde, alguns especulavam que ele montava as entradas secretas dos castelos, mas é claro que eram apenas hipóteses, afinal ninguém tinha visto nada e Vontage nunca falara nada para ninguém.Depois de falar com Vontage resolvi voltar a pensão, descansei deveras, logo acabei ficando sem sono a noite e novamente vi Sebastian sair sorrateiramente....''

{o capítulo continua no próximo post}

Paladar...

on segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Muito provavelmente você já deve ter ido a uma festa de cidade pequena, é, aquelas festas de igreja sabe, que movimenta a cidade inteira, é clássico e de jargão inevitável que nessas festas tenha um parque com uma roda gigante e um brinquedo radical escorados em pedaços de madeira que os donos juram que é 'super seguro', barracas de brinquedos do Paraguai que vão quebrar em uma semana e é claro barracas de comida, muitas barracas de comida, muitas mesmo, alias me pergunto as vezes se comemos para viver ou vivemos para comer, independentemente aonde você vá existe sempre alguém vendendo algo de comer e alguém ou melhor 'alguéns' comprando, mas é claro que é inegável que o paladar talvez seja um dos sentidos humanos mais incríveis, é claro que tem pessoas que parecem maltratar esse sentido, os comedores de comidas excêntricas como baratas, lesmas e é claro jiló o que eu diga.Falando em comida, a melhor comida que existe não é a italiana ou muito menos a francesa, a melhor comida que existe é quando você está com fome, é sério, esses dias por exemplo cheguei em casa com muita fome e tive coragem de comer o bolo da minha irmã, para quem não sabe, o bolo da minha irmã é um bolo digamos, consistente, alguns dizem que os E.U.A. pediram a receita para usa-lo como armamento na guerra do Iraque, mas enfim são somente especulações da mídia maliciosa.Para finalizar deixo uma dica nunca se esqueça de usar farinha nos bolos e não tente inventar novas receitas e servir para os outros sem antes de você mesmo experimentar !

Elevador...

on domingo, 22 de novembro de 2009

Passa gente, corre crianças, passa cães e gatos, rua, esta aí uma coisa que movimenta todos e talvez tudo, porém hoje não venho falar da rua, mas de algo que fica próximo, os prédios, são imponentes, altos, alguns até parecem que vão rasgar o céu, mas talvez o que mais me impressiona nos prédios são os elevadores, e não, não pela quantida de gente que passa por eles, nem pelo risco que de certa forma corremos, afinal vai dizer que nunca te deu um friozinho na barriga quando um ''Jô Soares'' entrou junto com você em um elevador?

O que mais me impressiona em um elevador são as caras das pessoas, não importa quem seja a maioria fica com uma cara digamos, meio estranha, ou melhor, uma cara de sem graça para os mais ''society'' e uma cara de bosta para os mais populares, além disso existem os gases ''estranhos'', pior que eles talvez sejam as desculpas dos emissores ''deve ser a tubulação de ar''.
Mas enfim, os elevadores são um grande símbolo mundial dos prédios, da sociedade moderna e é claro o segundo lugar público onde mais se perpetua a espécie humana, perdendo só para o imbatível cantinho escuro do carnaval.

'' 7 Chaves para o Mundo '' {capítulo I}

on segunda-feira, 16 de novembro de 2009
foto: Thainara Sousa
{continuação}
Gerard chega desesperado e logo interpela:
- Senhor, preciso lhe entregar algo que Alex me pediu para entregar ao senhor caso acontecesse algo com ele.
Sem entender muita coisa Afonso abana a cabeça fazendo um sinal de que estava tudo bem.
- Pois bem, só existe um empecilho, Alex me deixou bem claro que eu só deveria lhe entregar quando o senhor terminar de ler a carta que lhe deixou.
- Tudo bem quando terminar de ler a carta irei até sua casa buscar o que Alex me deixou.
- Obrigado, tente ler a carta rápido, Alex falou que quanto antes eu entregasse melhor seria.
- Pode deixar irei terminar de ler logo essa carta.
Afonso então se despede de Gerard e voltou rapidamente a sala, sua curiosidade estava aguçada agora, o que teria nessa carta? E por que tinha que ler a carta antes de receber aquilo que lhe havia deixado com Gerard? Para responder essas perguntas, rapidamente Afonso pegou a carta e voltou a ler ela.

‘’ O jantar estava excelente a senhora Melissa com certeza era uma ótima cozinheira.Após ao jantar me deparei com a lua totalmente cheia, já na varanda de meu quarto reparei a saída do carrancudo Sebastian achei meio estranho afinal já era muito tarde, enfim resolvi deitar-me.

No dia seguinte resolvi conversar mais com Sebastian, confesso que estava curioso sobre o que ele havia feito naquela madrugada, apesar de seu jeito carrancudo ao começar a conversar com Sebastian reparava que ele não era um má pessoa.

Como eu não conhecia nada da cidade Sebastian resolveu me mostrar a cidade, dia incrível aquele, nunca havia visto uma cidade como aquela, muito bonita e charmosa em certos aspectos, porem com grande pobreza em muitas regiões, uma grande diferenças de classes símbolo de um governo monárquico conivente, enfim aspectos que não eram exclusivos só da França, enfim meio sem jeito mas com grande curiosidade resolvi perguntar para Sebastian o que ele havia feito naquela madrugada, no começo ele fez uma cara meio nervosa, mas logo se acalmou e me disse que eu lhe parecia uma boa pessoa para ele e um dia contaria, mas por enquanto eu nada podia saber.

Ao chegar na pensão por final da tarde reparei novamente a bela Aline, me parecia aflita por alguma coisa, tentei lhe perguntar o que estava acontecendo com ela mas ela se negava a responder, ao cair da noite no entanto acho que vi minha pergunta sendo respondida, Aline entrou em uma carruagem burguesa, deu para ver um braço se estender ao qual deduzi ser de um homem, como disse apenas deduzi não tinha total certeza sobre aquilo que vira, portanto decidi segui-los peguei o cavalo de Sebastian e fui atrás na surdina.

A carruagem parou em uma casa bem afastada da cidade, os dois desceram, Aline me parecia aflita e chorava desesperadamente, o homem por sua vez estava nervoso, os dois discutiram a noite toda, eu sinceramente não sabia porque estava lá, mas ouvi a conversa toda, no final descobri que Aline estava tendo um caso com aquele homem, que por acaso se chamava Naldo De Lailha,ele possuía esposa e umas trinta amantes, a esposa não só sabia de suas amantes como a incentivava a tê-las afinal eram elas que a sustentava, De Lailha se aproveitava das fortunas e pequenas economias de algumas mulheres de certos escalões da sociedade francesa, Aline seria uma entre tantas que iria sustentar ele e sua mulher,a discussão em questão naquela noite era sobre dinheiro, De Lailha queria mais mas Aline se negava estava começando a se atolar em dividas, Nando então ameaçou de acabar com o romance dos dois foi ai que Aline mesmo não podendo deu-lhe mais dinheiro.

Depois de tudo a carruagem voltou a pensão e deixou Aline, ela subiu logo para seu quarto, confesso que deveria ir para meu quarto mas algo me fez mudar de idéia e bati no quarto de Aline...

{continua no próximo post o capítulo}

'' 7 Chaves para o Mundo '' {capítulo I}

on segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ao abrir o envelope de Alex, Afonso começou a ler, ali estavam a vida de um amigo que não via por muito tempo porém que tinha grande admiração, de repente parou e pensou em não ler mais, achava falta de respeito, porem o falecido deixava bem claro que era para Afonso ler o que tinha naquele envelope.Assim sem mais devaneios começou a ler.

“As idéias parecem voar mas escrever que é bom nada, pensamentos, tudo ao mesmo tempo, sobre tudo e sobre nada, nada de concreto e coeso, coesão, tá ai ,talvez a coesão não faça parte do que ajamos que é, talvez a coesão só exista na gramática.

O exemplo disso foi naquela noite, fazia uma linda lua quando a vi pela primeira vez seus cachos ‘’roux’’pareciam brilhar com os refletores e seu olhar, ah seu olhar, nunca me esquecerei dele, olhos cintilantes e suaves, sedutores como em livros e novelas, não era alta, mas sua postura não deixava reparar nesse pequeno detalhe, seu sorriso era meigo, me lembrava alguém, alguém que já tivesse conhecido e gostado mas não lembrava quem, só lembrava que adorava, talvez esteja exagerando porém isso só me veio a mente depois que conversei com ela, era diferente das outras, sabia tudo que eu falava, se gesticulava de forma impecável, e assim nos conhecemos.

Depois as conversas foram aprimorando e achava que ela também começava a gostar de mim tanto quanto eu gostava dela, porém parece que o destino ou Deus sei lá não queria a nossa união se concretizasse e encontros se tornaram desencontros.Seu pequeno interesse por mim desapareceu, e em meio disso eu acabei sendo esquecido, agora meu coração estava desiludido e não podia mas contar com a futura amada, ela foi tudo para mim e eu não fui nada para ela.

Depois de tempos reencontrei-a e seu olhar não era o mesmo era um olhar de querer não me ver e de me ignorar afinal eu não existia mais para ela, um olhar como se nunca tivéssemos falado, um corte na minha alma que sentiu que nem amigos poderíamos ser, depois que percebi que ela não queria me ver a unica coisa que queria é que pelo menos voltássemos a conversar, adorava as conversas com ela.Uma troca de idéias que não tinha com ninguém, porém agora para ela eu não existia não por opção mas por conveniência do destino e decisão do melhor para si.

Para esquecê-la decidi ir a França e lá começar uma nova vida, oh Paris cidade luz como és agitada e movimentada, ao chegar sem rumo por lá encontrei uma pensão muito hospitaleira se chamava ‘’ Pension de la Melissa’’ como o nome sugere a pensão era de uma velha senhora que se chamava Melissa, a senhora me mostrou o quarto e acertamos logo o primeiro aluguel, a senhora como toda França passava por dificuldades financeiras, o quarto não era lá o melhor mas dava para passar as noites, a pensão de um modo geral não era lá das melhores apesar da hospitalidade dela.

Lá viviam 10 pessoas no total, a senhora dona da pensão, o casal Tourage e a sua pequena filha Madelene, o carrancudo Sebastian, os irmãos Goethe, o misterioso Vontage e a belíssima Aline Rouse, cabelos loiros e extremamente lisos, com olhos tão azuis que o céu ficaria com inveja.Foi assim que pude a defini-la pela primeira que a vi, seus gestos de falar me lembravam por aquela que me fez mudar de vida, seria um ‘’dejavu’’? Provavelmente não, acho que era apenas coincidência, de qualquer forma logo comecei a conversar com aquela bela moça, logo me contou por que ali estava, seus pais haviam morrido há pouco tempo e com a herança que herdara resolvera mudar a Paris para tentar uma nova vida, estava a construir uma casa para si, ficava na pensão ate terminá-la, me confessou alguns amores ao perguntar sobre sua situação conjugal, afinal não era comum uma moça tão estonteante naquela situação, dentro desse assunto ela me mostrou sua revolta com a sociedade que a difamava por não ter marido, achava aquilo um absurdo, mesmo assim me disse que pretendia arranjar alguém logo só esperava a pessoa certa.

Tenho que confessar que neste momento meu olhar mudou e meus olhos encontram os olhos dela rapidamente, porém aquela nossa troca de olhares foi interrompida pela senhora Melissa que nos chamávamos para o jantar(...)”.

Batidas na porta fazem interromper Afonso a leitura da carta de seu amigo Alex, ao atender a porta lá estava Gerard como uma cara de desesperado... {continua no próximo post}

Conto urbano II....

on sábado, 10 de outubro de 2009

(barulho de torneira aberta)
A água corre e cai na banheira, a água não parece transparente para ele, mais parece um imenso lago negro onde ele caiu sem fazer por merecer, aquele lago ao qual se recordou era o mesmo lago ao qual havia visto naquela manhã, triste lago, afinal foi ele que transformou sua água de banho naquele pensamento negro, no lago tão desprezado por ele, havia visto sua amada, aquela de lindos olhos e cabelos de chamas por qual sempre amou, todavia sua amada não estava com ele e nem só, ela estava com outro, outro, outro, foi o que ele repetia várias vezes olhando para a água que não estava negra como em seu pensamento e nem transaparente como deveria ser, ela estava vermelha, vermelha por causa do sangue que se espalhava e jorrava pelos seus pulsos, talvez aquilo fosse loucura, mas para ele tudo aquilo fazia sentido afinal do que adiantava viver sem sua chama e paixão? Preferia morrer a viver sem sentido ou magoar a quem lhe iria fazer seu sentido.O amor traz rosas, porém algumas delas só vem com espinhos.

Conto urbano....

on sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Tic tac tic tac

O barulho parece ser insurdecedor aos ouvidos daquele que a ouve, bastaria um ruído e iria despertar aquele a quem passa a nossa história, homem bem sucedido, de pele branca e olhos claros, por nunca aquele desespero havia passado em sua vida, era atormentador, mesmo com dinheiro aquilo nunca iria passar, o caminho agora que cursava era negro, os urubus agora o cercavam, não adiantava o arrependimento, o que tinha sido feito não poderia voltar atrás, seus pensamentos agora ecludiam e sua consciência não se aguentava, levantou-se , abriu a porta e subiu as escadas do seu prédio até chegar ao terraço, não aguentava mais sua mente.Se aproximou da beira do alto prédio, respirou fundo, eram 20 andares abaixo, havia muito vento naquela ocasião, a brisa batia na sua camisa contornando seu corpo, ao olhar bem para baixo o homem parecia começar a ficar perplexo, por que fazia aquilo? A resposta veio logo em seguida ao lembrar da cena que havia presenciado a tarde, o olhar daquele inocente morto por causa de uma dívida o compenetrava, o sangue jazido pela bala, que enaltecia em volta do corpo do morto parecia escorrer pelas suas mãos, a culpa o julgou e o homem principal desse história se jogou, morreu pela culpa de uma morte que havia participado com a máfia, um final trágico de outra história trágica.

Em busca...

on domingo, 4 de outubro de 2009

Já reparou como as horas passsam? Elas simplesmente passam de uma forma contraria ao nosso gosto, por mais que nós queiramos ela nunca vai parar ou passar de pressa, ela sempre vai estabelecer uma ordem que não queremos, simplesmente não temos controle sobre ela, além claro dela ser igual para todos, não importando raça, religião ou estado social o tempo é igual para todos, ou seja, injusto para todos, porém essa concepção que temos não seria injustiça? Será que o tempo na realidade seja perfeito? Talvez, talvez, todavia o ser humano é um bicho insatisfeito, não importa o quão perfeita sejam nossas vidas ou nossas coisas o que importa é sempre ter mais e mais, ao oposto do que os socialistas anti-americanos pensam isso não é um sinônimo do consumismo capistalista selvagem derivado do nosso tio Sam, esse complexo vem desde da antiguidade, inclusive temos exemplos clássicos na nossa própria literatura nacional, Machado de Assis, por exemplo, em suas obras realistas demonstra muito bem esse estigma humano, mas meu caro leitor, como diria o próprio Machado, não se desespere e ache que a raça humana é complexada, vejamos pelo lado positivo o estigma do mais e da perfeição nos acaba levando a novos rumos por mais que a maioria seja ruim outros entretanto ajudam e salvam a sociedade da dor e e do desespero como a medicina, se não fosse a busca incesante por novas curas talvez estaríamos mortos e não estaríamos refletindo isso agora.

Contudo a sociedade interia corre pela perfeição, mas a perfeição não existe, estranho mas é a realidade, é como se subíssemos em uma escada e tentássemos alcançar o céu.

Como em todo post deixo duas célebres frases:

''Recordes foram feitos para ser quebrados'';

''Teorias foram feitas para ser melhoradas e contrariadas''.

Pátria é aquela chamada Brasil...

on sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Viva a falta de bom senso, viva a falta de respeito pela própria pátria, pelo americanismo exacerbado e pela cultura trash européia louvada, já cultuamos muitos lixos nacionais não iremos entrar no rídiculo, usufrua do que é bom, a globalização veio para misturar o que é bom e não para estragar as coisas boas.

Talvez esteja com um sentimento patriota em extremo nesses dias pensei que fosse por ter estudado alguns poetas nacionalistas como por exemplo o meu chara Gonçalves, mas na realidade acho que foi por ter lido nas últimas semanas um dos maiores escritores de todos os tempos, o inigualável Machado de Assis, ah também deve ter sido por ter ouvido uma das melhores bandas de todos os tempos, a banda do último poeta, Legião Urbana, ao fazer isso reparei como possuímos grandes artistas e como a sociedade continua a preferir o que vem de fora, como disse anteriormente a globalização é para trocar coisas boas e não para espalhar lixo.Para transformar isso é preciso filtrar tudo o que é apresentado.

Uma boa pedida é ler um clássico da literatura brasileira que apesar de ser um livro bem antigo possui histórias com assuntos atuais, ou melhor, histórias que na verdade nunca mudaram de roteiro, apenas de personagens, Várias Histórias de Machado de Assis é um bom livro para deixar aquele livrinho do Dan Brown de lado, e já que estamos em mundo globalizado que tal ver um bom filme, Senhor das Armas com o magistral Nicolas Cage é uma boa, antes claro assista Tropa de Elite para ver como até o cinema brasileiro tão criticado pela mídia e pela população, não perde em quase nada, em alguns filmes, para os filmes estrangeiros.

Apesar de já ter citado essa frase em algum post anterior volto a cita-la:

''O Brasil é o país do futuro'' (Renato Russo).

Simples assim...

on sábado, 22 de agosto de 2009

São Paulo, segunda-feira, trânsito caótico buzinas para todos lados, e depois de horas de trânsito o paulistano finalmente chega em seu trabalho, ao entrar no escritório a mínima coisa que ele queria era um ''bom dia'', afinal acabava de vencer o trânsito da maior cidade do Brasil, mas em vez de ''bom dia'' ele recebe um ''por que está chegando agora?'' e depois de uma longa conversa consegue se explicar com o chefe, que apesar de dizer que entendia, fica com uma cara de que não gostou, não bastasse isso depois de cinco minutos seu chefe o chama novamente e entrega-lhe um presente, de grego é claro, terá que fazer um relátorio do mês até o final do dia, o paulistano digamos que não está muito contente, depois de muito trabalho termina o relatório e ao entregar ao chefe recebe a notícia do mesmo que na verdade o relatório era pra semana que vem, o dia acaba, entra no carro e ao tentar liga-lo, a lei de Murphy fala mais alto, e o carro não pega, já bem estressado pega um táxi, já dentro do carro a chuva cai, com ela milhares de pingos de água, eles caem sobre o vidro do carro e ele com cara de palhaço os observa atentamente, fica hipnotizado, fica la olhando para eles, como se eles fossem algo importante, conforme o carro acelera mais, os pingos d'água se movimenta mais também, assim se passa algum tempo e ele fica lá olhando para os pingos, pensamentos vem a tona, reflexões são tomadas e derepente repensa tudo e faz planos para melhorar sua vida e montar um negócio totalmente novo, desce do carro e se dá conta que começar mal não quer dizer que não vai terminar bem.


As vezes coisas que parecem simples demais são o necessário para nós.


Façam suas apostas...

on segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Nas últimas semanas temos visto a guerra da mídia brasileira, depois de anos de ''peace and love'', a rede Record e a rede Globo travam uma guerra nunca vista pela tv brasileira, de um lado a rede do bispo Edir Macedo, que é acusada de receber dinheiro ilícito da igreja Universal, uma igreja que foi e é acusada por muitas pessoas e pelo governo de estorsão e desvio de dinheiro para obras não beneficientes, do outro lado a rede Globo a maior rede de tv e líder de audiência, acusada de aquisições ilegais, de consessões ilícitas e de apoiar a ditadura militar em seu regime.

Independentemente de quem está certo ou errado venho cá fazer um alento, é inegável que se trata também de uma briga pela liderança da tv no Brasil, porém ao contrário do que eu queria, a rede Record possui uma programação idêntica da tv Globo, para isso conta até com ex-globais, a Record deixa entre linhas que é melhor que a Globo, porém na verdade passa a mesma coisa que a Globo, uma pena afinal se teremos uma nova líder que seja para melhorar a programação.

Por anos a Globo é uma potência internacional da tv, porém toda essa potência a transformou numa tv monopolizadora, há anos que ela possui exclusividade no futebol e em várias modalidades esportivas, isso acabou gerando degradação de alguns esportes como o basquete que alguns anos atrás perdeu importantes patrocinadores, além disso ela desrespeita, de certa forma, o torcedor, que para ver os jogos do seu time de futebol tem que pagar alto no pay-per-view, já para os outros esportes a história é pior, afinal tem que depender da boa vontade do canal esportivo da tv Globo, o Sportv, um exemplo disso foi o WTCC que tinha uma excelente audiência quando pertencia a Bandeirantes/Bandsports, porém acabou indo para o Sportv e praticamente não passou mais.

Voltando as declarações das duas o que se viu de um lado foi um ataque maciço da tv Globo sobre a Record, uma espécie de respostas as declarações anteriores da rede do bispo, que não foi muito ética a citar a monopolização da rede carioca, por outro lado a resposta da Record foi omissa e se preocupou mais em criticar à tv Globo do que se defender das acusações do Ministério Público feita nas últimas semanas.

Em meio disso tudo eu fico com essa frase: ''Os santos estão no céu''.

Matar para lucrar...

on domingo, 9 de agosto de 2009

Se juntarmos o faturamento das indústrias bélica, do narcotráfico e das indústrias de bebidas e cigarros, a soma irá ser maior que da indústria de alimentos, irônico não? O que mata fatura mais do que faz viver, agora quer saber o que é mais irônico? Quem sustenta tudo isso é a própria população.Esses seguimentos matam para lucrar, as armas matam milhões na África pela luta de tribos, a maior parte dessas armas são produzidas nos EUA e sabe o que os norte americanos fazem? Nada, absolutamente nada, e sabe por que? Porque os impostos recebidos e a propina para os governantes giram de milhões à bilhões, na realidade a indústria bélica é a maior indústria dos EUA e quem tenta se intrometer com ela sofre graves consequências, Kennedy o que eu diga.

Dizem que a guerra traz tecnologia, mas o Japão não faz questão de guerra e nem tem um exército tão forte, devido as sanções da segunda guerra mundial, e mesmo assim é sinônimo de avanço tecnológico, quem dizem isso são grandes ignorantes, falam isso porque não possuem filhos ou parentes na guerra queria ver se a guerra fosse do lado deles.Bom tomare que não tenha guerra no Brasil porque se houver já vou providenciar meu passaporte, se houvesse guerra aqui contra alguma grande nação o Brasil iria ''levar um sacode'', como diria um boleiro, os equipamentos do exército brasileiro são uma piada, os navios são as sucatas da europa, os tanques são de uma época que nem tinha tv colorida, as armas estão em estado deplorável, a única coisa que merece aplauso é a garra dos soldados.Existe até algumas brincadeiras em que se diz que se houvesse uma guerra os traficantes iriam ter que descer do morro para tentar combater o inimigo.Sabe o que é cômico? Eu não duvido, não que as armas dos traficantes são melhores que do exército, mas a quantidade de armas que eles possuem é enorme.

Sabe o que é trágico? É que no meio disso tudo, de interesses, brigas de governantes, do tráfico, estão civis inocentes, trabalhadores, que não sabem porque estão levando tiro e morrendo.

Raridades...

on sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Tem coisas que eu nunca vi, mas dizem que existem, por exemplo, eu nunca vi um chester, a cabeça de um bacalhau, um torcedor do Paraná ou do São Caetano, o Herbert Richard e um político honesto.


São raras essas coisas, dizem que quem vê fica meio confuso, complexado e vira uma espécie de celebridade, como alguém que fez um contato de terceiro grau com um alienígena, pra quem não sabe, contato de terceiro grau com um alienígena é quando alguém faz um contato direto com um et, contato de primeiro grau é quando a pessoa apenas avista uma nave, contato de segundo grau é quando a pessoa vê um et de longe, além desses três graus alguns afirmam que existe um contato de quarto grau que é quando a pessoa convida o ser extraterrestre para fazer um churrasco e assistir o jogo do mengão.


Esses estágios não fazem parte só dos extraterrestres, por exemplo existe o primeiro grau do Sarney que é quando ele arranja emprego para seus filhos, o segundo grau é quando ele arranja para os netos, terceiro quando é para os sobrinhos e assim por diante, a polícia federal descobriu até o décimo oitavo grau, que é quando o primo do amigo da tia da vizinha do sobrinho do primo do quarto grau consegue um emprego graças ao presidente do senado.

Voltando aos nossos amigos verdes, eu fico pensando, por que quando falamos em seres extraterrestres eles são sempre melhores e mais inteligentes que nós? Eles poderiam ser na verdade inferiores aos seres humanos, como no livro O Nariz e outras crônicas, de Luis Fernando Veríssimo.


Bom, retornando as coisas raras e difíceis de se ver, dizem que certas coisas irão desaparecer, como por exemplo os ruivos, bom pelo menos ninguém mais vai ter apelido de cabeça de fósforo ou vai fazer aquelas piadinhas ''pô, tomou sol com a peneira na cara?'';''passa um anti-ferrugem''; ''tentou virar super saiadin e não conseguiu, né?!''; ou ainda fazer aquelas perguntas indiscretas para as ruivas ''a cor da cortina é a mesma do tapete?''; com a tecnologia avançando os cd's vão desaparecer também, e junto com eles, aquela velha piada à la Costinha ''o que é o que é, começa com c tem duas letras e um furo no meio?''.

O que é raro provavelmente acabará, por isso se você é ruiva e se parece com a Lindsay Lohan, beijo me liga.



Resultado...

on quarta-feira, 5 de agosto de 2009


Dia de resultado para o vestibular milhares de pessoas,todos atentos, perplexos, pasmos, paralisados como se a Terra parasse por alguns segundos, a ansiedade vai tomando conta, é como segundos fossem meses, até que finalmente sai o resultado, gritos, choros, risos, todos misturados de forma desordenada.

Para muitos vestibulandos a sensação de ver o nome entre os aprovados é magnanima, é como se todos os problemas sumissem e que na Terra só existissem rosas e a vida fosse sublime, alguns até juram ouvir uma música de fundo igual a do filme do Rocky Balboa.

Saindo do lado bom vamos para o lado ruim do resultado, os que não veem seu nome na lista, a cara deles é igual a do Rubinho, tá bom vou parar de zuar o Rubinho, a cara não é igual a do Rubinho, é de total desconsolo, é como se fosse incapaz e como uma bomba tivesse acertado a sua cabeça.Dois opostos totalmente diferentes separados muitas vezes por décimos, mas como diria um grande poeta ''só existem vencedores se existirem perdedores''.

Porém existe um frase que eu gosto mais: ''Perder? Provavelmete; Ganhar? Talvez; Desistir? Jamais''.

Como diria um velho general, ''não importa a batalha e sim a guerra".



Cult...

on segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Com certeza a cultura do Brasil é muito rica, temos grandes expoentes como Machado de Assis, Cecília Meireles, Monteiro Lobato, Renato Russo, Luis Fernando Veríssimo, Paulo Coelho, entre outros.

Porém apesar de possuirmos grandes mestres, grandes livros e grandes músicas temos também um grande ''lixo'' como o pagode, o funk e a programação da tv de domingo.Muitos irão me criticar e indagar ''gosto não se discute'', entretanto fazemos um alento, desde quando ''pocotó, pocotó, pocotó, minha eguinha pocotó'' e ''pireguete'' são sinônimos de qualidade cultural ?

Imaginemos proferir um funk numa declaração ou num cartão para a amada: "velociadade 5 hem créu créu créu créu créu"; É provável que não conquistaria o amor da amada, a não ser claro que, na linguagem dos funkeiros, ela seja uma ''cachorra''.

Os pagodeiros deviam se considerar mágicos, com apenas 12 palavras e dois arranjos musicais eles conseguem fazer no mínimo um cd duplo, e ainda tem gente que como um encantamento desses ''mágicos'' os consideram poetas.

Na tv, fofocas, brigas e gente se machucando é a maior audiência, é como se a desgraça fosse graça.
Não seja um brasileiro pocotó, como diria Luciano Pires, e leia livros em vez de ver programas desnecessários na tv, não escute os ''hits do momento'' na rádio e ouça um bom cd !

O Teatro Brazília orgulhosamente apresenta: A saga de um coronel

on sábado, 1 de agosto de 2009


Peça encenada com mais de 300 atos, com gênero de tragicomédia, estrelando como personagem principal Zé Sarnei e com participações especiais de Luís Inácio e a revelação juvenil a prodígea sobrinha de Sarnei.

A saga de um ex-coronel que comandava as suas terras com mão de ferro até que um dia resolveu assumir cargos maiores, foi a capital do Braziu com grandes sonhos, depois de tanto puxar saco, digo, trabalhar, chega a seu ápice como presidente daquele país de lindas praias, localizado no continente dos desesperados e perto da china americana, depois de um mandato de mer...,digo ,não muito bom, vai para cargos menores onde permanece por vários anos até que finalmente consegue um cargo respeitável como presidente do senado, infelizmente acusações fazem ele correr risco de perder o cargo mas o ex-presidente não desiste e luta até o fim.

Não perca esse espetáculo, venha assistir a maior palhaçada, digo, peça do ano.

Obs: o teatro não se responsabiliza por carteiras furtadas durante o espetáculo.


Houston i have a problem...

on sexta-feira, 31 de julho de 2009

O conquistador da Lua, o ser superior do planeta Terra, não passa de uma reles bactéria no universo, são bilhões de galáxias, trilhões de planetas, não somos nada comparados ao infinito universo.

Se existe vida inteligente não sei, mas com certeza existe uma grande possibilidade de isso ser realidade.

Pensando nessa possibilidade a única coisa que consigo imaginar é um ser verde querendo sangue.

Mas é provável que não sejam tão maus assim, e que ao invés de nós, eles tenham medo.

E digo mais já estou imaginando seu relatório se um dia chegarem aqui:

"Essa espécie é diferente de tudo que já vimos nem os Ogrus do planeta Destru eram tão violentos e destruidores, eles são a doença do seu próprio planeta, eles destroem as matas, os mares, os bichos e ainda fazem uma espécie de auto destruição que eles chamam de guerra, todos saem perdendo mas eles a adoram, pena ver um planeta tão bonito sendo destruído por um ser tão ignorante."

Made in Brazil....

on quinta-feira, 30 de julho de 2009

Parece que tudo que vem de fora é melhor, roupas, tênis, eletrônicos, carros, tudo que é importado é melhor do que o produto nacional, agora até epidemia internacional é melhor do que epidemia nacional, a Anvisa e os governos do país estão combatendo a gripe suína como uma gripe espanhola ou uma peste negra, não estou dizendo que não se deve fazer isso, porém e a dengue? Depois de matar milhares de pessoas no país nos últimos anos será que ela vai ter a mesma atenção, combate e campanhas preventivas como está sendo feito para a gripe suína?

A dengue possui uma mortalidade muito maior do que a gripe suína, porém ela não atinge todos os países do mundo, logo não tem uma repercusão como uma gripe suína, toda essa mobilização da nova gripe não é pelo perigo e sim pela repercusão mundial, quanto menos casos no Brasil mais parece que o país tem um excelente sistema de saúde e controle total sobre qualquer doença, praga ou epidemia, infelizmente até quando tratamos de saúde a politicagem fala mais alto.



Conversa sobre nada...

on terça-feira, 28 de julho de 2009

Muitos artistas com um único objeto ou com uma única situação conseguem fazer capítulos de livros ou até mesmo um livro, vejamos Machado que em Memórias Póstumas de Brás Cubas escreveu sobre a ponta do nariz e Clarice Lispector que em Felicidade Clandestina usou o ovo, ambos usaram simples coisas da vida para demostrar como a simplicidade pode representar muitas coisas submissas da vida.

Dentro desse contexto falemos sobre o nada, o nada? mas como falar do nada? o nada é simplesmente nada, mas vejamos, quando estamos pensando nada logo vem tudo e do tudo voltamos ao nada numa simples mudança, como o nada é maleável e transgressivo derepente ele some derepente ele aparece, você está conversando com algum colega seu, vários assuntos, opniões e críticas quando ele surge logo os assuntos somem e a conversa acaba, você está inspirado escrevendo um texto muito bom, vocabulário perfeito, estória incrível até que surge o nada que inunda sua cabeça e acaba com seu texto, mas o nada não é só vilão, você está nervoso, deprimido ou ancioso e quando vem o nada todos esses sentimentos desaparecem, o nada é meditador e incoparável remédio também.

O nada é mais que nada, afinal sem o nada talvez certa coisas seriam nada, como os pensamentos vazios, a falta de criatividade, a meditação pessoal e é claro a inteligência dos políticos do Brasil, que é igual a nada.

Urupês

on domingo, 26 de julho de 2009

Para quem está acostumado a associar Monteiro Lobato aos livros infantis e a literatura simples e leve se surpreende ao ler Urupês, um livro totalmente diferente dos seus clássicos infantis.

No livro Lobato transgride o conservadorismo da sociedade da época chocando-a devido ao estilo sangrento, crítico e direto empregado no livro.

O derramento de sangue das estórias e as fortes críticas à alguns costumes da época e ao caboclo são marcas do livro.

Além de chocar os conservadores, Monteiro Lobato chocou aos gramáticos ao não colocar acentos no livro, uma espécie de protesto à tantas regras desnecessárias da língua portuguesa.

Sobre as características do livro, as estórias são verdadeiras lenda urbanas, ou no caso poderiam ser chamadas de lendas rurais afinal todas as estórias se passam no campo, à la Stephien King Monteiro não usa pudor e digamos que o sangue chega a verter do livro.

Nas críticas Lobato se mostra realmente revoltado contra os caboclos que em suas palavras são as pragas da época já que queimam as matas e as tornam inférteis.

Um livro que merece ser lido com uma pipoca do lado já que se parece com os antigos filmes da meia-noite.

Espécie em demasia...

on sábado, 25 de julho de 2009

Olha lá!!

Vem de longe;
Quem seria?

Com um ar desespero e de esperança, anda apressado, carrega várias folhas e livros, mochila quase à batata da perna, não é um lunático nem um animal, é um desesperadus vestibulandus, esse bípede vive normalmente com seus ancestrais, o pais esperancess de não pagar facus, e fica sozinho num quarto com suas fórmulas e macetes, parecendo um peixe beta em seu aquário, quando sai do aquário, digo, quarto, encontra o bando na luz do fim do túnel ou cursinho como eles o denominam.Seu dialeto se resume em siglas com f.
Normalmente usam tênis surrado e nada na carteira, sua alimentação é baseada no ancestral macarrão japonês nissin e no líquido negro americano.É um ser de dupla personalidade que ora ri ora se desespera, ora se diz impotente ora se diz insuperável, espécie indecisa essa, que diz amar a biologia e dois meses depois esta a chamar Darwin de filho da....
Além disso é muito sábia essa espécie, afinal sabe estatísticas melhor que um analista, conhece as regiões do país melhor que um geógrafo, e talvez mais profissões do que o ministro da educação.
Um ser realmente diferente, que acabará e logo retornará em outros num ciclo vicioso.
Uma espécie que não corre risco de extinção mas que com certeza merece mais atenção...

La Vie...

on sexta-feira, 24 de julho de 2009

Estava zapeando a TV quando me deparei em um show do circo de Soleil, o magistroso e famoso circo que cobra 200 reais o ingresso, como havia ouvido falar maravilhas do espetáculo, resolvi assistir, o primeiro bloco foram os malabares, pulos e pratos sendo equilibrados, me decepcionei, afinal vejo malabares mais espetaculares na rua, ontem mesmo vi um senhor de monark com sua mulher, dois filhos e as compras do mês, isso sim é ter equilibrio.No segundo bloco do show apresentaram-se as mágicas, coelhos e até um cão saiu da cartola do mágico, também me decepcionei, diariamente vejo pessoas que com um salário mínimo conseguem se alimentar,comprar roupas e até carro, já estava quase desligando o televisor quando veio o terceiro e último bloco, era a vez dos palhaços, tortas, buzinas e o velho fusca, de novo bateu a decepção, o horário político é muito mais engraçado, ao término desliguei a tv e refleti que o grande espetáculo é a vida e que as vezes a vida imita melhor a arte do que a arte imita a vida.
on quinta-feira, 23 de julho de 2009

"Vamos celebrar nossa justiça;

A ganância e a difamação;

Vamos celebrar os preconceitos;

O voto dos analfabetos;

Comemorar a água podre;

E todos os impostos;

Queimadas, mentiras e sequestros"

Renato Russo


Ouvindo essa ironia do grande Renato Russo, o último poeta do Brasil para muitos, me faz ver como o nosso Brasil continua a ser o Brasil.Vejamos;

Reclamam da Amazônia estar sendo queimada, mas ninguém faz nada e pior usam o problema para tirar dinheiro, afinal você acha que todas aquelas ong's estam lá de graça? O ''buraco é mais embaixo'' há uma grande corrente de interesses que vão de madeireiros e latifundiários à grandes políticos, não é escrevendo no sub nick do msn ou num cartaz ''Salve a Amazônia'' que ela vai ser deixada de ser queimada.

Tratando de eleições, se uma pessoa não sabe nem quem votou na eleição passada ou não tem nenhuma informação de como o eleito está cumprindo suas obrigações como ela é considerada hábita para votar? Fazendo uma comparação, é a mesma coisa de um engenheiro civil opinar de como deve ser a operação de um cardíaco.

Sobre a justiça e a legislação, só faço um comentário, num país que um juíz considera o termo ''popozuda'' e ''máquina do sexo'' como qualidades da mulher brasileira, quais são as suas perspectivas sobre o judiciário e o legislativo meu caro leitor? Que prendam os colarinhos brancos, desafoguem as cadeias e combatam a violência?

Deixo um atento que isso não expõem todos, afinal existem os grandes heróis, podemos assim dizer, que não se deixam cair pela corrupção e pela ignorância e dignificam o nosso país.

Como diria o nosso poeta ''O Brasil é o país do futuro''.


Tudo passa, até a uva passa...

on quarta-feira, 22 de julho de 2009
Um presidente americano negro; Crise financeira mundial; Bancos americanos quebrados; GM pedindo concordata; Um negro campeão da F1; Venezuela vence o Brasil no futebol; Vestibular unificado nacionalmente; Gripe suína; Brasil como futura potência petrolífera e visto como um país promissor a ser de primeiro mundo.

É, coincidência ou não, depois que Derci Gonçalves morreu tudo isso aconteceu, os mais lunáticos já dizem que a morte da atriz foi o ínicio do que eles chamam de fim dos tempos, Nostradamus estava errado nas suas contas e os quatro cavaleiros do apocalipse estão chegando.

Brincadeiras a parte o que ninguém nega é que muita coisa aconteceu nos últimos meses, lendo alguns textos do saudoso Luís Fernando Veríssimo, considerado por muitos literários como o grande nome dentre os escritores brasileiros da atualidade, encontrei um que se chamava ''E tudo mudou" refletindo como as coisas mudam da água para o vinho e raramente são percebidas, lembrei do meu Super Nintendo, do meu Palmeiras campeão da libertadores, do meu Ferrorama e de quando Lula era apenas um molusco para mim.

A verocidade e a velocidade de como as coisas mudam são de assustar, vejamos, em menos de 20 anos saímos do lp pra fita k7, dela pro cd, dele para o pendrive, e já há indícios de uma nova tecnologia japonesa não revelada que promete acabar com a era usb.Em menos de 20 anos a internet se tornou algo fundamental e praticamente insubstituível, as tv's mudaram completamente, as lojas de 1,99 e as casas bahia invadiram todas as cidades do Brasil, saímos do nintendo para o wii e o play 3, praticamente saímos do cheque para o cartão e o desmatamento virou motivo de prissão.

Em compensação há mais de 20 anos a corrupção reina, a violência é manchete, a educação é precária, as universidades são poucas, o salário mínimo é menor que o mínimo, a fome impera em certas regiões e o Rubinho sonha em ser campeão da F1.

Memorial de Aires....

on terça-feira, 21 de julho de 2009

Terminei de ler meu terceiro livro de Machado de Assis, posso dizer, agora que li as três principais obras dele, que ele foi o maior autor brasileiro, mesmo depois de mais de cem anos, suas obras continuam sendo atuais, provando assim um velho ditado que ouvi certa vez :
"Mudam os personagens, mudam os cenários, mas a estória é sempre a mesma''.
Em Memorial de Aires, o livro que acabei de ler, Machado praticamente faz uma parte de sua biografia de forma indireta.Tratando de assuntos como a viuvez e a falta de filhos, ele retrata o que ele mesmo passou ao longo da sua vida, Machado nunca teve filhos e no final de sua vida perdeu sua mulher.Muitos consideram o livro como sua última homenagem a amada.

Falando especificamente do livro, toda a melancolia e a acidez de Dom Casmurro e de Memórias Póstumas de Brás Cubas são deixadas para trás em Memorial de Aires, Machado tem tom de apenas elogiar e de colocar bons atributos, são raros os momentos de crítica e de ironia tão marcantes do autor.O que não muda é o jeito de envolver o leitor nos pensamentos do narrador/personagem, como em livros anteriores Machado faz, em certos momentos, que o leitor chegue a raciocinar igual e juntamente com o narrador.

Machado fecha seu ciclo de livros com chave de ouro em Memorial de Aires, é com certeza um livro que merece ser lido.