Conversa sobre nada...

on terça-feira, 28 de julho de 2009

Muitos artistas com um único objeto ou com uma única situação conseguem fazer capítulos de livros ou até mesmo um livro, vejamos Machado que em Memórias Póstumas de Brás Cubas escreveu sobre a ponta do nariz e Clarice Lispector que em Felicidade Clandestina usou o ovo, ambos usaram simples coisas da vida para demostrar como a simplicidade pode representar muitas coisas submissas da vida.

Dentro desse contexto falemos sobre o nada, o nada? mas como falar do nada? o nada é simplesmente nada, mas vejamos, quando estamos pensando nada logo vem tudo e do tudo voltamos ao nada numa simples mudança, como o nada é maleável e transgressivo derepente ele some derepente ele aparece, você está conversando com algum colega seu, vários assuntos, opniões e críticas quando ele surge logo os assuntos somem e a conversa acaba, você está inspirado escrevendo um texto muito bom, vocabulário perfeito, estória incrível até que surge o nada que inunda sua cabeça e acaba com seu texto, mas o nada não é só vilão, você está nervoso, deprimido ou ancioso e quando vem o nada todos esses sentimentos desaparecem, o nada é meditador e incoparável remédio também.

O nada é mais que nada, afinal sem o nada talvez certa coisas seriam nada, como os pensamentos vazios, a falta de criatividade, a meditação pessoal e é claro a inteligência dos políticos do Brasil, que é igual a nada.

Um comentário:

Carol disse...

Muito bons os exemplos usados para mostrar o quanto o nada está longe de ser mesmo um nada.
O nada, ao contrário do que dizem por aí, é tudo.
E como o que faz parte do tudo está longe de se nada, o nada pode significar ainda mais do que o tudo. =P
Excelente texto, como já é de costume.
Continue assim!

De sua fiel leitora. ^^