Urupês

on domingo, 26 de julho de 2009

Para quem está acostumado a associar Monteiro Lobato aos livros infantis e a literatura simples e leve se surpreende ao ler Urupês, um livro totalmente diferente dos seus clássicos infantis.

No livro Lobato transgride o conservadorismo da sociedade da época chocando-a devido ao estilo sangrento, crítico e direto empregado no livro.

O derramento de sangue das estórias e as fortes críticas à alguns costumes da época e ao caboclo são marcas do livro.

Além de chocar os conservadores, Monteiro Lobato chocou aos gramáticos ao não colocar acentos no livro, uma espécie de protesto à tantas regras desnecessárias da língua portuguesa.

Sobre as características do livro, as estórias são verdadeiras lenda urbanas, ou no caso poderiam ser chamadas de lendas rurais afinal todas as estórias se passam no campo, à la Stephien King Monteiro não usa pudor e digamos que o sangue chega a verter do livro.

Nas críticas Lobato se mostra realmente revoltado contra os caboclos que em suas palavras são as pragas da época já que queimam as matas e as tornam inférteis.

Um livro que merece ser lido com uma pipoca do lado já que se parece com os antigos filmes da meia-noite.

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