Paladar...

on segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Muito provavelmente você já deve ter ido a uma festa de cidade pequena, é, aquelas festas de igreja sabe, que movimenta a cidade inteira, é clássico e de jargão inevitável que nessas festas tenha um parque com uma roda gigante e um brinquedo radical escorados em pedaços de madeira que os donos juram que é 'super seguro', barracas de brinquedos do Paraguai que vão quebrar em uma semana e é claro barracas de comida, muitas barracas de comida, muitas mesmo, alias me pergunto as vezes se comemos para viver ou vivemos para comer, independentemente aonde você vá existe sempre alguém vendendo algo de comer e alguém ou melhor 'alguéns' comprando, mas é claro que é inegável que o paladar talvez seja um dos sentidos humanos mais incríveis, é claro que tem pessoas que parecem maltratar esse sentido, os comedores de comidas excêntricas como baratas, lesmas e é claro jiló o que eu diga.Falando em comida, a melhor comida que existe não é a italiana ou muito menos a francesa, a melhor comida que existe é quando você está com fome, é sério, esses dias por exemplo cheguei em casa com muita fome e tive coragem de comer o bolo da minha irmã, para quem não sabe, o bolo da minha irmã é um bolo digamos, consistente, alguns dizem que os E.U.A. pediram a receita para usa-lo como armamento na guerra do Iraque, mas enfim são somente especulações da mídia maliciosa.Para finalizar deixo uma dica nunca se esqueça de usar farinha nos bolos e não tente inventar novas receitas e servir para os outros sem antes de você mesmo experimentar !

Elevador...

on domingo, 22 de novembro de 2009

Passa gente, corre crianças, passa cães e gatos, rua, esta aí uma coisa que movimenta todos e talvez tudo, porém hoje não venho falar da rua, mas de algo que fica próximo, os prédios, são imponentes, altos, alguns até parecem que vão rasgar o céu, mas talvez o que mais me impressiona nos prédios são os elevadores, e não, não pela quantida de gente que passa por eles, nem pelo risco que de certa forma corremos, afinal vai dizer que nunca te deu um friozinho na barriga quando um ''Jô Soares'' entrou junto com você em um elevador?

O que mais me impressiona em um elevador são as caras das pessoas, não importa quem seja a maioria fica com uma cara digamos, meio estranha, ou melhor, uma cara de sem graça para os mais ''society'' e uma cara de bosta para os mais populares, além disso existem os gases ''estranhos'', pior que eles talvez sejam as desculpas dos emissores ''deve ser a tubulação de ar''.
Mas enfim, os elevadores são um grande símbolo mundial dos prédios, da sociedade moderna e é claro o segundo lugar público onde mais se perpetua a espécie humana, perdendo só para o imbatível cantinho escuro do carnaval.

'' 7 Chaves para o Mundo '' {capítulo I}

on segunda-feira, 16 de novembro de 2009
foto: Thainara Sousa
{continuação}
Gerard chega desesperado e logo interpela:
- Senhor, preciso lhe entregar algo que Alex me pediu para entregar ao senhor caso acontecesse algo com ele.
Sem entender muita coisa Afonso abana a cabeça fazendo um sinal de que estava tudo bem.
- Pois bem, só existe um empecilho, Alex me deixou bem claro que eu só deveria lhe entregar quando o senhor terminar de ler a carta que lhe deixou.
- Tudo bem quando terminar de ler a carta irei até sua casa buscar o que Alex me deixou.
- Obrigado, tente ler a carta rápido, Alex falou que quanto antes eu entregasse melhor seria.
- Pode deixar irei terminar de ler logo essa carta.
Afonso então se despede de Gerard e voltou rapidamente a sala, sua curiosidade estava aguçada agora, o que teria nessa carta? E por que tinha que ler a carta antes de receber aquilo que lhe havia deixado com Gerard? Para responder essas perguntas, rapidamente Afonso pegou a carta e voltou a ler ela.

‘’ O jantar estava excelente a senhora Melissa com certeza era uma ótima cozinheira.Após ao jantar me deparei com a lua totalmente cheia, já na varanda de meu quarto reparei a saída do carrancudo Sebastian achei meio estranho afinal já era muito tarde, enfim resolvi deitar-me.

No dia seguinte resolvi conversar mais com Sebastian, confesso que estava curioso sobre o que ele havia feito naquela madrugada, apesar de seu jeito carrancudo ao começar a conversar com Sebastian reparava que ele não era um má pessoa.

Como eu não conhecia nada da cidade Sebastian resolveu me mostrar a cidade, dia incrível aquele, nunca havia visto uma cidade como aquela, muito bonita e charmosa em certos aspectos, porem com grande pobreza em muitas regiões, uma grande diferenças de classes símbolo de um governo monárquico conivente, enfim aspectos que não eram exclusivos só da França, enfim meio sem jeito mas com grande curiosidade resolvi perguntar para Sebastian o que ele havia feito naquela madrugada, no começo ele fez uma cara meio nervosa, mas logo se acalmou e me disse que eu lhe parecia uma boa pessoa para ele e um dia contaria, mas por enquanto eu nada podia saber.

Ao chegar na pensão por final da tarde reparei novamente a bela Aline, me parecia aflita por alguma coisa, tentei lhe perguntar o que estava acontecendo com ela mas ela se negava a responder, ao cair da noite no entanto acho que vi minha pergunta sendo respondida, Aline entrou em uma carruagem burguesa, deu para ver um braço se estender ao qual deduzi ser de um homem, como disse apenas deduzi não tinha total certeza sobre aquilo que vira, portanto decidi segui-los peguei o cavalo de Sebastian e fui atrás na surdina.

A carruagem parou em uma casa bem afastada da cidade, os dois desceram, Aline me parecia aflita e chorava desesperadamente, o homem por sua vez estava nervoso, os dois discutiram a noite toda, eu sinceramente não sabia porque estava lá, mas ouvi a conversa toda, no final descobri que Aline estava tendo um caso com aquele homem, que por acaso se chamava Naldo De Lailha,ele possuía esposa e umas trinta amantes, a esposa não só sabia de suas amantes como a incentivava a tê-las afinal eram elas que a sustentava, De Lailha se aproveitava das fortunas e pequenas economias de algumas mulheres de certos escalões da sociedade francesa, Aline seria uma entre tantas que iria sustentar ele e sua mulher,a discussão em questão naquela noite era sobre dinheiro, De Lailha queria mais mas Aline se negava estava começando a se atolar em dividas, Nando então ameaçou de acabar com o romance dos dois foi ai que Aline mesmo não podendo deu-lhe mais dinheiro.

Depois de tudo a carruagem voltou a pensão e deixou Aline, ela subiu logo para seu quarto, confesso que deveria ir para meu quarto mas algo me fez mudar de idéia e bati no quarto de Aline...

{continua no próximo post o capítulo}

'' 7 Chaves para o Mundo '' {capítulo I}

on segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ao abrir o envelope de Alex, Afonso começou a ler, ali estavam a vida de um amigo que não via por muito tempo porém que tinha grande admiração, de repente parou e pensou em não ler mais, achava falta de respeito, porem o falecido deixava bem claro que era para Afonso ler o que tinha naquele envelope.Assim sem mais devaneios começou a ler.

“As idéias parecem voar mas escrever que é bom nada, pensamentos, tudo ao mesmo tempo, sobre tudo e sobre nada, nada de concreto e coeso, coesão, tá ai ,talvez a coesão não faça parte do que ajamos que é, talvez a coesão só exista na gramática.

O exemplo disso foi naquela noite, fazia uma linda lua quando a vi pela primeira vez seus cachos ‘’roux’’pareciam brilhar com os refletores e seu olhar, ah seu olhar, nunca me esquecerei dele, olhos cintilantes e suaves, sedutores como em livros e novelas, não era alta, mas sua postura não deixava reparar nesse pequeno detalhe, seu sorriso era meigo, me lembrava alguém, alguém que já tivesse conhecido e gostado mas não lembrava quem, só lembrava que adorava, talvez esteja exagerando porém isso só me veio a mente depois que conversei com ela, era diferente das outras, sabia tudo que eu falava, se gesticulava de forma impecável, e assim nos conhecemos.

Depois as conversas foram aprimorando e achava que ela também começava a gostar de mim tanto quanto eu gostava dela, porém parece que o destino ou Deus sei lá não queria a nossa união se concretizasse e encontros se tornaram desencontros.Seu pequeno interesse por mim desapareceu, e em meio disso eu acabei sendo esquecido, agora meu coração estava desiludido e não podia mas contar com a futura amada, ela foi tudo para mim e eu não fui nada para ela.

Depois de tempos reencontrei-a e seu olhar não era o mesmo era um olhar de querer não me ver e de me ignorar afinal eu não existia mais para ela, um olhar como se nunca tivéssemos falado, um corte na minha alma que sentiu que nem amigos poderíamos ser, depois que percebi que ela não queria me ver a unica coisa que queria é que pelo menos voltássemos a conversar, adorava as conversas com ela.Uma troca de idéias que não tinha com ninguém, porém agora para ela eu não existia não por opção mas por conveniência do destino e decisão do melhor para si.

Para esquecê-la decidi ir a França e lá começar uma nova vida, oh Paris cidade luz como és agitada e movimentada, ao chegar sem rumo por lá encontrei uma pensão muito hospitaleira se chamava ‘’ Pension de la Melissa’’ como o nome sugere a pensão era de uma velha senhora que se chamava Melissa, a senhora me mostrou o quarto e acertamos logo o primeiro aluguel, a senhora como toda França passava por dificuldades financeiras, o quarto não era lá o melhor mas dava para passar as noites, a pensão de um modo geral não era lá das melhores apesar da hospitalidade dela.

Lá viviam 10 pessoas no total, a senhora dona da pensão, o casal Tourage e a sua pequena filha Madelene, o carrancudo Sebastian, os irmãos Goethe, o misterioso Vontage e a belíssima Aline Rouse, cabelos loiros e extremamente lisos, com olhos tão azuis que o céu ficaria com inveja.Foi assim que pude a defini-la pela primeira que a vi, seus gestos de falar me lembravam por aquela que me fez mudar de vida, seria um ‘’dejavu’’? Provavelmente não, acho que era apenas coincidência, de qualquer forma logo comecei a conversar com aquela bela moça, logo me contou por que ali estava, seus pais haviam morrido há pouco tempo e com a herança que herdara resolvera mudar a Paris para tentar uma nova vida, estava a construir uma casa para si, ficava na pensão ate terminá-la, me confessou alguns amores ao perguntar sobre sua situação conjugal, afinal não era comum uma moça tão estonteante naquela situação, dentro desse assunto ela me mostrou sua revolta com a sociedade que a difamava por não ter marido, achava aquilo um absurdo, mesmo assim me disse que pretendia arranjar alguém logo só esperava a pessoa certa.

Tenho que confessar que neste momento meu olhar mudou e meus olhos encontram os olhos dela rapidamente, porém aquela nossa troca de olhares foi interrompida pela senhora Melissa que nos chamávamos para o jantar(...)”.

Batidas na porta fazem interromper Afonso a leitura da carta de seu amigo Alex, ao atender a porta lá estava Gerard como uma cara de desesperado... {continua no próximo post}