Conto urbano II....

on sábado, 10 de outubro de 2009

(barulho de torneira aberta)
A água corre e cai na banheira, a água não parece transparente para ele, mais parece um imenso lago negro onde ele caiu sem fazer por merecer, aquele lago ao qual se recordou era o mesmo lago ao qual havia visto naquela manhã, triste lago, afinal foi ele que transformou sua água de banho naquele pensamento negro, no lago tão desprezado por ele, havia visto sua amada, aquela de lindos olhos e cabelos de chamas por qual sempre amou, todavia sua amada não estava com ele e nem só, ela estava com outro, outro, outro, foi o que ele repetia várias vezes olhando para a água que não estava negra como em seu pensamento e nem transaparente como deveria ser, ela estava vermelha, vermelha por causa do sangue que se espalhava e jorrava pelos seus pulsos, talvez aquilo fosse loucura, mas para ele tudo aquilo fazia sentido afinal do que adiantava viver sem sua chama e paixão? Preferia morrer a viver sem sentido ou magoar a quem lhe iria fazer seu sentido.O amor traz rosas, porém algumas delas só vem com espinhos.

Um comentário:

Polyanna disse...

Muito massa!!
Parecido com os textos do Sidney Sheldon...

Parabéns Edson!!!!!!!!